Você sabe quanto valem as despesas envolvidas no processo de fabricação de seu produto? Se a resposta for negativa, sua empresa não está fazendo um correto cálculo de custos.
Para formar o preço de venda de seu produto é preciso saber quanto foi gasto para fabricá-lo. Isso inclui os gastos diretos, que estão diretamente ligados ao produto e que podem ser medidos de forma objetiva (matéria-prima, mão-de-obra direta, embalagem etc) e os gastos indiretos, gastos obtidos com outros elementos que concorreram indiretamente na fabricação do produto, ou seja, que não são identificados diretamente com a fabricação do produto ou serviço, caso do aluguel, IPTU e gás.
Para calcular o custo direto unitário de um produto é recomendável que a empresa tenha um sistema de requisições relacionado ao consumo de materiais e um sistema de apontamentos que permita relacionar o tempo e o trabalho realizado por cada funcionário. Já no caso dos custos indiretos é necessário criar taxas/critérios de rateio para atribuir parcelas de custos aos produtos ou serviços. Um bom exemplo é o a energia elétrica. Imagine uma fábrica de sapatos em que não há um medidor de energia na linha de produção, e que possui o escritório administrativo no mesmo local. Como saber qual a quantidade de energia consumida apenas na produção dos calçados (custos diretos) e qual a quantidade de energia consumida pelo administrativo, com computadores, impressoras, máquinas de café etc (custos indiretos)?
Esse tipo de cálculo é fundamental não apenas para controlar os custos de uma empresa, mas também estipular corretamente o preço de venda de um produto. Com isso, evita-se prejuízos que podem tanto estar ligados a vender um produto por menos do que deveria, ou a cobrar um valor acima da concorrência. Além disso, a eficiência no controle dos custos auxilia a organização na tomada de decisões, pois oferece informações que ajudam a saber o que cortar, como fixar preço de venda etc. Ou seja, a contabilidade de custos pode mudar o rumo da sua empresa. Fique atento a isso!